quinta-feira, 29 de maio de 2014

JUSTIÇA GANHA COM SAÍDA DE JUIZ "AUTORITÁRIO", DIZ ADVOGADO DE GENOINO

Justiça ganha com saída de juiz 'autoritário', diz advogado de Genoino

Luiz Fernando Pacheco comentou aposentadoria de Joaquim Barbosa.
Joaquim Barbosa deixará Supremo Tribunal Federal no final de junho.

Mariana OliveiraDo G1, em Brasília
Advogado de José Genoino, Luiz Pacheco usa o argumento de que não há provas de que ele articulou o esquema de corrupção e tratava na busca de recursos para o mensalão.  (Foto: Nelson Jr./SCO/STF)O advogado Luiz Pacheco, durante defesa de
Genoino no julgamento do mensalão, em 2012
(Foto: Nelson Jr./SCO/STF)
O advogado Luiz Fernando Pacheco, que defende o ex-presidente do PT e ex-deputado federal José Genoino, disse ao G1 nesta quinta-feira (29) que a Justiça brasileira "ganha" com a saída de Joaquim Barbosa do Supremo Tribunal Federal.
"O Supremo Tribunal Federal e a Justiça brasileira ganham com o fim da judicatura de um mal juiz, autoritário, parcial e populista", disse Pacheco.
Genoino cumpre pena de 4 anos e 8 meses no presídio da Papuda, nos arredores de Brasília, pela condenação no processo do mensalão do PT.
O ex-deputado, que tem problemas cardíacos, foi preso em novembro do ano passado, mas passou mal no presídio e, desde então, obteve o direito a cumprir temporariamente a pena em prisão domiciliar provisória. A defesa pleiteava a prisão domiciliar definitiva, o que Barbosa negou. Por ordem de Joaquim Barbosa, Genoino voltou para cadeia no começo de maio.
A defesa de Genoino já recorreu para que o plenário do Supremo analise o caso. Joaquim Barbosa pediu parecer do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e só depois deve levar o tema a julgamento. Para a defesa, manter o ex-parlamentar na prisão será impor "pena de morte".
Barbosa anunciou aos demais ministros no início da sessão desta quinta-feira (29) que se afastará do tribunal no final de junho.
Aos 59 anos, ele deixará o cargo de ministro e a presidência do STF. Pelas regras do tribunal, se não fosse por decisão pessoal, Barbosa só teria de deixar o Supremo quando completasse 70 anos, idade a partir da qual os ministros são aposentados compulsoriamente.

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