Rio Ônibus entra com ação no TRT pedindo ilegalidade da greve
Sindicato das empresas quer que paralisação seja considerada abusiva.
Decisão pede que líderes grevistas mantenham distância de garagens.
O Rio Ônibus (Sindicato das Empresas de Ônibus do Rio) informou, por volta das 6h20 desta terça-feira (13), que vai entrar nesta manhã com um pedido no Tribunal Regional do Trabalho para que considere ilegal e abusivo o movimento grevista convocado por um grupo de rodoviários que anunciou a paralisação do serviço de ônibus, nesta terça e quarta-feira, na cidade do Rio.
Anteriormente, às 5h30, a entidade havia informado que a Justiça do Rio, por meio de uma decisão tomada pelo plantão judiciário, considerou ilegal o movimento grevista convocado por um grupo de rodoviários que anunciou a paralisação do serviço de ônibus nesta terça e quarta-feira.
Numa nova nota, o sindicato das empresas informou que a decisão da juíza Andréia Florêncio Berto determina que quatro líderes da comissão, identificados como Hélio Alfredo Teodoro, Maura Lúcia Gonçalves, Luís Claudio da Rocha Silva e Luiz Fernando Mariano, são obrigados a se abster de "promover, participar, incitar greve e praticar atos que impeçam o bom, adequado e contínuo funcionamento do serviço de transporte público, bem como mantenham distância das garagens das empresas consorciadas filiadas ao sindicato (Rio Ônibus)". A questão da ilegalidade da greve, porém, não foi citada.
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Ainda de acordo com a decisão, que cita a violência praticada na paralisação do dia 9 de maio, foi fixada multa de R$ 10 mil por cada ato de descumprimento das determinações.
Paralisação de 24 horas
Começou às 0h desta terça-feira (13) a nova paralisação de rodoviários dissidentes do Sindicato de trabalhadores de transporte urbano(Sintraturb). A paralisação vai durar 48 horas. Na última semana, no dia 8 de maio, o grupo havia comandado a paralisação de advertência de 24 horas no município do Rio.(entenda o impasse que levou à greve).
A decisão foi tomada após uma audiência que terminou sem acordo no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-RJ) na segunda (12), com representantes dos grevistas, do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus do Rio (Sintraturb-Rio) e da Rio Ônibus, sindicato que representa as empresas. Após a decisão, o grupo saiu em passeata pelo Centro da cidade, causando interdições de vias.
Segundo o TRT, o processo segue o trâmite normal e o sindicato tem até cinco dias para preparar uma defesa. Em seguida, o patronal tem o mesmo prazo para apresentar uma espécie de tréplica. Somente depois desses prazos o Ministério Público do Trabalho apresenta um parecer para a marcação do julgamento.
A Rio Ônibus considera o movimento abusivo e ilegal por estar sendo organizado por um grupo de rodoviários que não tem legitimidade nem representatividade legal da categoria. “Mais uma vez o ato anunciado não respeita os princípios e requisitos da lei de greve, que prevê o aviso da paralisação com 72 horas de antecedência e a sua votação por uma assembleia oficial do sindicato que representa os profissionais”, diz a nota.
Ainda segundo a Rio Ônibus, os quatro consórcios que abastecem a cidade, Intersul, Internorte, Transcarioca e Santa Cruz, vão manter suas frotas prontas para operação, “mas a circulação dependerá da chegada dos motoristas ao trabalho e das condições de segurança, já que na primeira paralisação centenas de veículos foram atacados”.
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