domingo, 24 de fevereiro de 2013

BICHOS DE ESTIMAÇÃO................................


Saiba qual bicho é mais adequado para seu filho

Nem só de cães e gatos vive a relação criança-bicho. Pássaros, hamsters, tartarugas e peixes também têm vez no coração dos pequenos. Independente da escolha feita, os cuidados com higiene e saúde do animal devem ser constantes
NOTÍCIA0 COMENTÁRIOS

Foi amor à primeira vista. Nina Rosa Monteiro, 4 anos, ganhou Rosângela, uma periquita recém-nascida, durante o Carnaval. O pássaro tornou-se uma companhia para a menina. Apesar de não ter contato direto e não participar de atividades como a limpeza da gaiola, Nina aprova a presença de Rosângela.

Para a pediatra Regina Portela, do Hospital Infantil Albert Sabin (Hias), o ideal é manter em casa bichos dóceis e que proporcionem aprendizado para a criança. A decisão de qual animal - e de qual raça - comprar deve ser compartilhada pela família. Regina alerta para o cuidado de enquadrar o bicho ao perfil do filho ou filha. “Elas enjoam naturalmente das tartarugas, pois são muito paradas. Dos pintinhos também; tendem logo a pedir outro bicho. Além dos cães, acho que o hamster é uma boa opção”.

Esse é o caso da adolescente Kaila Holanda, 13 anos, que sempre teve muitos animais. Várias raças de cães, peixes e, por último, um hamster - que foi embora deixando saudades. “O Bolota era meu companheiro. Quando ele morreu fiz até um funeral”, relembra. Kaila era encarregada dos horários de alimentação, banhos, limpeza da gaiola e exercícios físicos. Para a irmã mais velha, a professora de História Kaliza Holanda, 23 anos, o Bolota só trouxe ensinamentos. “Ganhei (o bicho) de um aluno e a Kaila se apoderou. Como passo o dia todo fora, trabalhando, ela ficou mais e mais responsável”, diz. Desde a morte do pequeno animal, as irmãs se dedicam apenas à cachorra Dalila, companheira de 11 anos.

Cuidados
Regina Portela, que também é professora universitária, explica que a idade aconselhável para ter o primeiro animal de estimação é a partir dos três anos. Antes disso, ainda não foram detectadas as alergias ou possíveis doenças. “Quando a criança tem essas manifestações alérgicas, o epitélio do cão ou do gato pode ser desencadeador”.

Apesar das restrições, ter um animal de estimação desperta a afetividade e contribui com a socialização. O professor de clínica médica de pequenos animais na Universidade Estadual do Ceará (Uece), Paulo Sérgio Barbosa, lembra dos ganhos com o senso de responsabilidade e de obediência. “Uma criança que gosta de animais geralmente é boa e dócil”, avalia.

Paulo Sérgio afirma que os bichos podem ser utilizados no convívio com as crianças, mas observando algumas recomendações. Os pássaros, por exemplo, são ideais para os mais velhos, pois têm o trato e a limpeza das gaiolas. “O único problema possível é a transmissão de micoses pelas fezes, mas, mantendo o cuidado, é totalmente utilizável”. O veterinário também fala do risco de criar muitos hamsters. “Eles são prolíferos. Um casal pode ser transformado em uma família durante pouco tempo”, alerta.

Até os peixes, encerrados no vidro dos aquários, podem ser perigosos devido à criação de salmonelas, explica o professor de Pediatria da UFC e especialista em infectologia pediátrica, Robério Dias Leite.

Segundo ele, quando temos contato com animais, as mãos devem ser bem lavadas. Pois, até o casco das tartarugas, aparentemente inofensivo, pode ser transmissor de alguma enfermidade.

SERVIÇO

Doutor Dog
O quê: terapia assistida com animais. Telefone (85) 8806 3568

Abrigo São Lázaro
O quê: recebe animais abandonados. Telefone 3274 0220

Nenhum comentário:

Postar um comentário