EDUARDO CAMPOS AVANÇA

PSB avança e Campos pode ter gaúcho como candidato a vice

Pré-candidato do PSB ao Palácio do Planalto, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, surpreende aliados e adversários com a disposição de conquistar espaços na corrida à Presidência da República

Por: Redação Web

Sem perder tempo e, paralela à exposição pelo rádio e televisão, com um discurso mais agressivo contra o Governo da presidente Dilma Rousseff, o pré-candidato do PSB ao Palácio do Planalto, Eduardo Campos, avança em articulações, palestras e movimentações que atraem simpatizantes e aliados.

Durante a semana, Campos fez críticas ao modelo administrativo do Governo Federal batendo, principalmente, na lentidão com que o poder público da União age na área de infraestrutura rodoviária, portuária e energética. Com essa postura, o PSB de Campos vai se distanciando do PSB de Ciro e Cid Gomes, ambos defensores da candidatua à reeleição de Dilma.

Decidido a entrar na corrida pelo Palácio do Planalto, Eduardo Campos ensaiou no Rio Grande do Sul uma aliança que pode levá-lo a romper as fronteiras do Nordeste para obter importantes apoios nas regiões mais desenvolvidas do País. E, nessa articulação, entrou o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati (PDT).

Fortunati passa a ser uma alternativa de companheiro de chapa para Campos. É o nome que traria parte do Rio Grande do Sul. Campos tem tido um bom diálogo com o PDT, particularmente, com o presidente nacional da sigla, Carlos Lupi, que mantém um pé no Governo Dilma - o PDT ocupa a pasta do Ministério do Trabalho, e, ao mesmo tempo, namora com o PSB.

Outra articulação de Eduardo Campos é no maior colégio eleitoral do País - São Paulo. Ele aposta na atração do ex-prefeito e presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab. Gilberto já deu sinais de interesse em aliança com o PT, anda distante dos tucanos e flerta com o socialista, pré-candidato a presidente da República.

A movimentação de Eduardo Campos mexe com o tabuleirod a sucessão da presidente Dilma Rousseff, preocupa os dirigentes nacionais do PT e PMDB e faz estragos no PSDB, que tem como pré-candidato o ex-governador de Minas, Aécio Neves.

Outra articulação do pré-candidato do PSB tem como endereço um aliado do Governo Federal: o PTB, de Roberto Jefferson. Há alvo, também, na oposição: o novo partido de Roberto Freire, o MD (Movimento Democrático), oriundo da fusão do PPS com PMN. Com isso, Campos teria mais de 4 minutos de propaganda no rádio e na televisão e passa a ser um candidato competitivo.